sexta-feira, 23 de julho de 2010

FELICIDADE TERRENA



Desde os primórdios da humanidade que o Homem luta pelo poder das decisões, para ter o privilégio de gozar os prazeres materiais que a vida pétrea pode oferecer. E para alcançar o sucesso em seus empreendimentos, o ser humano não mede esforços, nem se importa com as conseqüências dos seus atos, contanto que possa se sentir feliz. E esta busca da felicidade terrena tem levado os homens para fora de si mesmos, constatando uma ingente insatisfação generalizada nos povos do nosso planeta. Infelicidades que geram as discórdias e todos os tipos de atrocidades que estamos acostumados a presenciar no cenário histórico de uma humanidade exausta de tanto sofrer. Quanto mais o Homem persegue a felicidade, desbravando o mundo afora, inclusive, invadindo o espaço sideral de Deus; mais aumenta a sua insegurança de não poder ser feliz: o tempo urge, e a carne é fraca – pensa o Homem, então, que a pressa em ser feliz é fundamental. E esta pós-modernidade desvairada, reinando o Teatro da Loucura, apresenta-nos um Homem tecnológico, materialista, distanciado da sua espiritualidade. E os culpados desta discrepância são os dogmatismos religiosos ultrapassados, e caducos, que insistem em se perpetuar no poder religioso; ora, alguns padres e bispos da Igreja católica são loucos e pedófilos, porque a igreja renegou-lhes o direito elementar e biológico de fazer sexo: quanta infelicidade! Mas os tempos passam vertiginosamente, e o desejo de ser feliz permanece nos corações humanos da pós-modernidade...

O que há de errado, nesta busca incessante da felicidade terrena, que propicia tantas desolações, tantos desprazeres, e aumenta, espantosamente, o famigerado egoísmo humano? Porque as religiões não conseguem espiritualizar este nosso mundo tão conflitante, sendo as legítimas representantes de Deus na Terra? Que Deus é este que as religiões representam, se os seus mandatários são inescrupulosos, egocêntricos e materialistas, pois só sabem acumular riquezas materiais? As injustiças sociais são provenientes destas irrealidades espirituais religiosas, que escorregam os homens ao abismo da ignorância: ignorância popular; corrupção nos poderes! E a felicidade toda perfumada e tão almejada, porque nem os poderosos capitalistas não a encontram? Dizem os intelectuais obsoletos: “a felicidade são momentos felizes: muitos momentos felizes para os ricos; reduzidos momentos felizes para os pobres” E os ricos, de tão infelizes, menosprezam e humilham os pobres e humildes. Se os pobres são infelizes; os ricos o são muito mais: desejam mais, desejos insaciáveis, e por isso são frustrados, porque não conseguem satisfazer os seus desejos volumosos e fantasiosos...

A felicidade terrena existe na Terra, ou são apenas alguns momentos de felicidade, como num lampejo? O sofrimento tem impedido a humanidade de ser feliz, é bem verdade: mas porque buscamos tanto a felicidade se somos infelizes nas nossas mesmices cotidianas? A fé cega tem trazido a felicidade aos crentes, tem curado as suas doenças, tem evitado as tragédias cotidianas? Não. Infelizmente, ainda estamos passando por provas, expiações e missões; e as atribulações cotidianas fazem parte no nosso processo de crescimento espiritual... Então não existe felicidade na Terra, e os finais felizes das novelas são um engodo? Viver feliz para sempre é uma grande ilusão terrena: a felicidade eterna não é deste nosso “mundinho”. A carne é fraca; a juventude acaba; a velhice é doentia; e a morte é certa...

Se a felicidade são apenas momentos felizes, não podemos transformar a vida material somente em momentos felizes? Talvez eu seja um sonhador lunático; mas eu digo que sim: podemos ser felizes todos os dias de nossas vidas... Mas como isto é possível? Elementar, mudando a concepção da vida material. E como fazer isto? A mente humana nos serve para pensar, e é isto que eu costumo fazer, e tenho pensado fundamente em todos os meus dias alegres e tristes. Qual o problema da humanidade por não conseguir encontrar o caminho para a felicidade terrena? Quantas estradas tortuosas são percorridas para sermos felizes, e nada de felicidade: amanhã, eu serei mais feliz – é o que me diz a minha esperança, que é, sempre, a última a morrer. O que está acontecendo comigo: conquistei o meu grande patrimônio e realizei todos os meus sonhos; mas estou vazio, solitário e profundamente infeliz... Que é isto?

A resposta para tantas aflições humanas em busca da felicidade, que nunca é alcançada, encontra-se dentro do próprio Homem; porque a felicidade terrena, também, está no âmago do Homem. Vejam, então, toda a problemática humana: a felicidade que tem sido desvairadamente procurada fora do Homem, nos prazeres materiais, encontra-se, intacta, permanente e crível dentro de todos os seres humanos; independente de cor, raça, credo, beleza, inteligência, etc. Ricos e pobres têm, no âmago do aparelho mental, a chave que abre o portal da felicidade terrena. Uma vez da posse da chave (e a chave é o pensamento positivo), entra-se na permanente felicidade; que está dentro do coração (o amor)... De posse, agora, do pensamento positivo e do amor, o Homem tornar-se-á caridoso, solidário e feliz. E mesmo no convívio dos seus sofrimentos (que fazem parte do seu crescimento espiritual, depurando o espírito), a alegria será impositiva e a felicidade será a serenidade e a paz... E a fé científica aproximará o Homem a Deus...





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