sábado, 24 de julho de 2010

PROVAS, EXPIAÇÕES E MISSÕES


Apresentam-se as evidências numa realidade exaustivamente atribulada de sofrimentos e lamentações, e não se pode duvidar que o nosso planeta Terra seja de provas, expiações e missões. Constituído este pensamento, temos em conta a inferioridade reinante no nosso minúsculo globo terrestre, abarrotado de espíritos inferiores, de diversos níveis evolucionistas, que cumprem, ou não, dependendo da vontade e perseverança de cada um, provações cotidianas, expiações por endividamentos em vidas anteriores e missões religiosas políticas, filosóficas, científicas, sociológicas e artísticas em prol do progresso e da evolução da nossa humanidade terrena. Posso até dizer que estamos vivendo dentro de um purgatório, onde as almas humanas sofrem retaliações pelos seus erros pregressos e pelos erros da vida presente – em outras palavras mais vulgas: “aqui se faz; aqui se paga!” Indubitavelmente, estamos num mundo de transição material e espiritual, e as atribulações, que passam os espíritos inferiores - para se elevarem na escala espiritual das infinitas cosmologias de Deus...

As provas são as mais variadas possíveis e servem para amadurecer e fortalecer os espíritos em cativeiro da matéria – e devido ao sofrimento que provocam nos seres humanos, serve, também, para apressar a depuração do espírito... São almas, enquanto presas à matéria, imperfeitas, que vão sendo depuradas paulatinamente – de encarnação em encarnação até atingir o grau máximo: a perfeição de Espírito Puro. Como eu já disse acima, as provas são as mais variadas possíveis: trabalhar; constituir família; ser um bom pai ou uma boa mãe; ser um bom irmão; conviver com os problemas cotidianos; praticar a caridade; amar o próximo; destruir os pecados capitais; enfrentar as enfermidades com resignação; amar a Deus sobre todas as coisas; ser um bom trabalhador; ser um bom patrão; ser um bom homem público, ser um bom religioso, etc. Todas estas provações, e tantas outras, são obstáculos a serem vencidos pelos espíritos encarnados: os espíritos podem vencer as provas; ou sucumbir – se sucumbirem, nos seus objetivos, reencarna-se e começa tudo novamente: tantas vezes forem necessárias aos seus aprendizados intelectuais e morais em prol das suas evoluções espirituais. E quanto mais reclamar das atribulações cotidianas; mais aumentam os pesares das peregrinações...

As expiações são, também, as mais variadas possíveis, oscilando de intensidade de acordo com o endividamento perispiritual dos espíritos. Todos os crimes contra a nossa humanidade cometidos pelos homens, e todos os crimes cometidos a si mesmos, quando não são expiados em vida presente – nas ocasiões dos crimes -; são expiados na vida ulterior. Por exemplo, o suicídio é um crime que o homem comete a si mesmo – como poderá cumprir punição aqui na Terra, na atual vida extirpada? Somente através da reencarnação é que o espírito humano pode expiar pelos seus crimes: “aqui se faz; aqui se paga”. Eis porque da real necessidade de haver reencarnação: o espírito tem que expiar pelas faltas cometidas no seu passado terreno. Quando os crimes humanos são tantos, os espíritos encarnados começam a expiar imediatamente, terminando a expiação em novas encarnações ulteriores.

As expiações podem já nascer juntas com os indivíduos; bem como podem surgir no decorrer da vida. Exemplificando: cegos de nascença e cegos depois dos trinta anos de idade – são expiações de graduações diferentes. Quem nasce cego não conhece a luz e nunca verá a luz; os que ficam cegos, depois de muitos anos vendo a luz, têm mais dificuldade de conviver com a escuridão. O idiotismo, o cretinismo e a loucura são expiações de homens que fizeram um mau uso de suas faculdades intelectuais e morais... Os acidentes de carro, que transformam homens normais em tetraplégicos são expiações terríveis... Todas as expiações terrenas são resultantes dos mais variados crimes cometidos nas vidas anteriores e nas vidas atuais dos homens: e não há nenhum crime que não exija o arrependimento do espírito e a reparação devida, proporcional às retaliações sofridas pelos indivíduos. Deus é bom e justo: espírito algum escapa do poder onipotente da justiça divina! A nossa próxima encarnação será boa ou péssima, de acordo com o desenrolar dos nossos atos, pois temos o livre-arbítrio para trilharmos o caminho do Bem; ou do Mal. Todas as maldades acometidas pelos homens de pouca fé serão punidas severamente por Deus, que não costuma brincar em serviço: e Deus nunca descansa, e está sempre trabalhando na criação de novos mundos, e está sempre presente entre as suas criaturas, observando o percurso de todas as existências. Nada passa despercebida por Deus e, na sua hora, a sua justiça divina espalha o vigor das suas leis imutáveis...

As missões, por último, são realizadas por espíritos intelectual e moralmente mais evoluídos, no intuito de trabalhar em prol da evolução da humanidade; mas isto não quer dizer que tais espíritos não tenham que passar por grandes provações para alcançarem os seus objetivos espirituais. Muitos missionários terrenos também podem sucumbir em seus propósitos caritativos, tendo que retornar para obterem o sucesso desejado. Estes espíritos chamados de missionários encarnam nas diversas personalidades humanas: na música; na pintura; na poesia; na política; na filosofia; na ciência; na religião; etc. Não posso deixar de identificar alguns dos maiores missionários do nosso planeta Terra: Os grandes pensadores, sem precisar de citações, pois todos tiveram uma ingente relevância ao conhecimento intelectual da nossa humanidade; os grandes filósofos, citando o filósofo grego Sócrates – precursor das idéias espiritistas; Os grandes cientistas, sem precisar de citações, pois todos tiveram grande relevância ao desenvolvimento científico da nossa humanidade; etc. Não podendo deixar de citar quatro missionários mediúnicos: Moisés – o homem responsável em nos passar os 10 mandamentos de Deus; Jesus Cristo – o grande médium curador que disseminou a ciência do amor; Espiritismo – ciência e filosofia do mundo dos espíritos iluminando as sombras religiosas terrenas e, por último, Chico Xavier – o médium escrevente da sagrada caridade, pois o Espiritismo nos diz: “sem caridade não há salvação”. É evidente que em todas as épocas, tivemos muitos homens que cumpriram missões importantes para o vulgo, e, talvez, me faltassem às folhas de papéis para fazer tantas citações honrosas das nossas sumidades intelectuais e morais. Provavelmente, eu tenha me esquecido de citar nomes tão relevantes como Sigmund Freud (pai da psicanálise); mas não poderia ficar fazendo tantas citações dos grandes missionários da nossa humanidade – pois, com certeza, acabariam por avolumar este livro, que tem por objetivo primordial ser conciso: perdoem-me os não citados neste meu breve resumo das situações terrenas...






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