quarta-feira, 21 de julho de 2010

AS NOSSAS DORES



Ricos ou pobres (todos, sem exceção) passam pelas provações da carne e do espírito... E são as nossas dores materiais e espirituais, que nos conduzem pela senda do aperfeiçoamento espiritual, desde que sejam aproveitados os ensejos da depuração do espírito... E as nossas dores variam de acordo com a grandeza ou com a mediocridade das nossas evoluções espirituais... Sofrer muito pouco não significa adiantamento espiritual; mas, ao contrário, significa que o espírito encarnado escolheu provas simples, pois não tem condições de enfrentar provações mais difíceis – que poderiam apressar a sua evolução espiritual...

É sempre possível de se pensar que as nossas dores existem para atrapalhar as nossas vidas, para encalhar os nossos sonhos mais singelos; mas saibam os senhores que não há dor em nossas vidas, que não sejam reformadoras e evolutivas ao nosso espírito... É por isso que estamos aqui neste plano terreno: para evoluirmos os nossos espíritos, através da depuração, e encontrarmos a purificação necessária para vivermos em novos mundos superiores e mais ditosos... Eu bem sei o quanto são desagradáveis determinados tipos de sofrimentos carnais e morais, que nos parecem uma eternidade de lamentações... Mas de que adianta nos queixarmos, ou até mesmo ofender a Deus, se tiver que vivenciar as nossas expiações? Revoltarmo-nos contra os desígnios de Deus; só nos fará aumentar ainda mais as nossas dores cotidianas... A resignação, a tolerância e a paciência são virtudes que enobrecem as nossas sofridas almas, que vivem dentro dos seus purgatórios... A reflexão meditativa sobre os nossos procedimentos de convívio humano, sobre as nossas imperfeições humanas, deve prestar para o engrandecimento de nossos espíritos; pois a vida é uma grande escola, onde temos a oportunidade de crescer o espírito e aproximá-lo de Deus... Se as nossas alegrias nos são bem vindas; as nossas dores, que são tristes, devem despertar em nossos corações fragilizados a conscientização de que a dor é fundamental, para o amadurecimento de nossos espíritos ainda imaturos... Ninguém alcança os seus objetivos (materiais e espirituais) sem ser aprovado pelo sistema das dores – os méritos alcançados pelos Espíritos Puros foram devidos a superação das provações dos sofrimentos materiais e espirituais... Temos que sofrer é verdade; mas não precisamos passar pela fieira do Mal para alcançarmos a felicidade eterna...

Para nos servir de bons exemplos, os grandes homens da nossa humanidade viveram ingentes sofrimentos; e foi assim que edificaram as suas grandes obras humanísticas: grandes espíritos encarnados em grandes personalidades das nossas ciências e das nossas artes, sofrendo infinitas dores em prol da evolução da nossa humanidade... E as vossas dores tão ínfimas não podem ser administradas em benefício do crescimento da solidariedade, em benefício da disseminação da caridade, do amor ao próximo... Quando estamos alegres e felizes não temos sido cruelmente seres humanos egocêntricos, egoístas, orgulhosos, vaidosos e, visivelmente, insensíveis com os problemas dos nossos semelhantes? Pois, então, não são as nossas dores a nos aproximar do próximo, e nos aproximar a nós mesmos? Como, então, podemos ignorar a importância das dores em nossas vidas? Não é necessário que sejamos masoquistas, e que gritemos mundo afora: amamos as nossas dores! Não, não precisamos chegar a tanto, neste nosso processo de amadurecimento de nossos espíritos... Apenas é preciso compreender a dimensão das nossas dores no aprendizado diário de nossos espíritos... E que cada uma de nossas dores materiais e espirituais é manifesto glorificante do nosso Deus onipotente, que sabe muitíssimo bem o tamanho da cruz que nós podemos suportar, sem exaustividade...











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