quinta-feira, 22 de julho de 2010

DEMOCRACIA DA LUXÚRIA



Este é um assunto extremamente delicado, e que deve ser abordado de uma forma salutar e transparente. Mas é evidente que não posso tapar o sol com a peneira, que não posso fazer uso de subterfúgios para desenvolver a minha retórica narrativa denunciadora. E é uma denúncia democrática milenar que me disponho a fazer no decorrer do processo criativo do poeta cronista revolucionário. Sei, de antemão, que este assunto fere a dignidade e a postura impoluta da família tradicional globalizada. Mas não vejo evolução política mundial deixando de lado esta polêmica da luta pelo poder para alçar o sexo. Estou a discorrer sobre a luxúria dentro do poder democrático, embora saiba muitíssimo bem que em todos os regimes políticos da nossa humanidade encontram-se, nos bastidores da política, vestígios do mau uso do sexo imposto pelo poder. E isto se deu em todas as épocas da política entre os povos.

Os políticos do mundo buscam avidamente o poder de governar as massas por uma série de fatores que os beneficiam, mas o fator predominante é, sem dúvida alguma, o poder sobre o sexo. Os prazeres sexuais insaciáveis, realizados das formas mais excêntricas e absurdas com prostitutas depravadas, e mesmo com inocentes adolescentes desamparadas na vida, são indícios de que os bordéis famosos estão infestados de certos políticos democráticos, demonstrando que tudo pode acontecer nos segredos das madrugadas luxuosas – com direito a comida e bebida importada. E quem paga a conta é o povo. E as cafetinas, que comercializam a luxúria, enriquecem quando têm o bordel infestado por alguns políticos tarados. Eu sei que o amigo leitor vai me questionar dizendo que não são todos os políticos democráticos a se posicionar a favor da prática da luxúria. Mas eu respondo que não estou preocupado com as exceções governistas. Nem estou preocupado com a possibilidade da existência de muitos políticos democráticos ajuizados e moralistas. Se eles existirem, de fato, que bom seria se eles fossem à maioria. Que bom seria se eles realmente governassem em prol das massas oprimidas – nestas democracias farsantes.

No meu entender, o poder se divide em quatro: poder econômico; poder político; poder religioso; poder sexual. E o poder sexual tem o domínio sobre os outros três, tanto que até os padres e bispos da igreja católica têm cometido o pecado capital da luxúria – praticando a pedofilia. Os três poderes têm dinheiro e compram o sexo, que por sua vez, dono da sensualidade, abocanha o dinheiro dos poderosos. Enquanto a democracia da luxúria faz festa libidinosa, o povo se vê privado dos seus direitos humanos básicos de uma cidadania verdadeiramente democrática.

Evidentemente que não é só em bordel que a luxúria democrática move montanhas. Ela está espalhada em todos os compartimentos das nossas sociedades humanas. E o abuso sexual, ou mau uso do sexo, tem elevado ao topo do sucesso muitas mulheres de beleza invejável. Mulheres ambiciosas e vaidosas capazes de vender o corpo e a alma por alguns milhares de dólares, e para alçarem o poder evidentemente. Apesar de ter sido considerada o sexo frágil, através de todos os tempos, a mulher sempre foi à condutora dos destinos humanos. Sempre fez uso da sua sensualidade, através da luxúria, para alcançar os seus objetivos existenciais e materiais. E hoje, mais do que nunca, ela ocupa as mais elevadas posições políticas das nossas democracias falseadas nas estratégias de promover o Bem-comum.

Na verdade, todos querem se apossar do poder para determinar e dominar a luxúria. O gozo lucífero tem sido a pretensão material dos poderosos inumanos e insensatos. Enquanto eles gozam os seus prazeres efêmeros e frívolos, bilhões de seres humanos passam fome em todo o planeta. E seria tão simples resolver as necessidades sociais se os nossos governantes fizessem uma distribuição de renda justa e equilibrada, respeitando, desta forma, os direitos fundamentais da cidadania mundial. Democracias com os povos passando todos os tipos de privações sociais não respeitam o princípio fundamental democrático; então são quaisquer coisas – menos democracias. Democracias alimentadas pelo peso econômico da luxúria não são, efetivamente, regimes democráticos a serviço das benfeitorias humanitárias. Penso que o regime democrático está fracassando nos seus propósitos, deixando se conduzir pela avalanche da luxúria – escorrendo os ideais mais caros!

Esta é uma opinião pessoal e, sem sombras de dúvidas, eu peço a Deus que eu esteja equivocado no exagero da minha hipérbole, em prol da evolução da nossa humanidade... Sobre o bispo Edir Macedo, considerado o Hitler da pós-modernidade, eu reservarei uma nova crônica tão especial quanto esta, para denunciar esta aberração de desumanidade crônica...





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