quinta-feira, 22 de julho de 2010

O CONHECIMENTO DE SI MESMO

Estamos vivendo, quem sabe, a época mais materialista de todos os tempos. E, infelizmente, o advento da tecnologia é o grande responsável pela dispersão espiritual, levando o Homem ao hipnotismo das máquinas eletrônicas. Pois o processo tecnológico tem afastado o Homem de si mesmo, voltando-se, com exclusividade, a materialidade das coisas tão-somente.

A tecnologia, que deveria aperfeiçoar a sabedoria interior do ser humano, tem sido usada em função do mercantilismo, causando grandes malefícios à humanidade. Se estivesse voltada ao conhecimento espiritual da nossa humanidade, estaria concentrando os seus esforços em discernir informações focadas na espiritualidade. É sem dúvida um veículo de comunicação inigualável em se tratando de informações globalizadas. A internet, por exemplo, tem o poder de globalizar informações; mas está voltada, fundamentalmente, em aumentar o poder mercantilista dos grandes empresários. E por este motivo, os sites de espiritualização são poucos navegados e incompreendidos.

É de longa data que o Homem procura respostas sobre si mesmo, de onde veio e para onde vai. Os filósofos e os grandes pensadores tentaram desvendar os mistérios da criação, sem, no entanto, terem se aproximado da verdade oculta. Os mistérios da existência não estão subordinados às personalidades humanas, pois todos nós carecemos de atributos que nos possam elucidar as nossas vidas interiores e seus objetivos. A cientificidade humana desconhece as leis do espírito, e por isso não compreende o verdadeiro sentido da existência da vida humana no planeta Terra.

A religião, por sua vez, tenta dar um sentido místico no desenvolvimento progressivo da humanidade, mas lhe falta o verdadeiro conhecimento transcendental. É através de imagens obscuras e irreais que os movimentos religiosos têm conduzido os seus fiéis, através de uma fé cega – sem nenhum caráter científico. Ao invés de despertar o conhecimento de si mesmo, a religião provoca o adormecimento das massas oprimidas, mantendo-as sob o controle dogmático. Não serão, portanto, as religiões a evidenciar as verdades ocultas em prol do conhecimento de si mesmo da nossa sofrida humanidade.

As seitas espiritualistas estão, também, distantes da verdadeira realidade cósmica, propiciando, aos seus seguidores, uma infinidade de preconceitos no que tange a nossa espiritualidade. Sabem quase nada dos atributos de Deus e dos desígnios da sua criação. Geralmente, estas seitas são conduzidas por fanáticos, explorando a ignorância das pessoas humildes, com propósitos de especulação financeira. Na maior parte dos casos, os adeptos acabam se distanciando da realidade cósmica, diluindo a capacidade de aprofundar o conhecimento de si mesmo. Tornam-se mais céticos e desorientados espiritualmente, ficando à mercê das falanges dos espíritos maus.

O Espiritismo, ao contrário, vem esclarecer e elucidar a nossa situação na Terra, tendo a firmeza científica e filosófica dos Espíritos Superiores – que nos ilumina e nos conduz à nossa realidade cósmica. Ficamos sabendo de onde viemos e para onde vamos. Descobrimos o porquê das nossas provas, nossas expiações e nossas missões. Tomamos conhecimento que somos espíritos encarnados na matéria, e que sobrevivemos após a nossa morte. Reencarnamos por diversas vezes na Terra e em outros planetas em prol da evolução do nosso espírito. Ficamos sabendo que fomos criados simples e ignorantes por Deus, e que todos, sem exceção, alcançarão a plenitude da escala evolutiva. É claro que fica evidente que o planeta Terra é de ordem inferior, só estando situado acima dos mundos primitivos. E que há milhares de planetas mais evoluídos do que o nosso globo terrestre. Também é possível saber, através do Espiritismo, que a Terra está em processo de regeneração e deixará de ser um planeta de provas e expiações.

O importante, nisto tudo, é saber que somos espíritos, criados à imagem e semelhança de Deus. Somos eternos. E estamos em processo de depuração espiritual para alcançar a felicidade eterna. E precisamos praticar o Bem como o princípio universal das leis de Deus. E para aprimorar o nosso conhecimento de si mesmo é importante saber que o nosso Deus é único, eterno, imutável, bom, justo e infinito em todas as suas perfeições.





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