quinta-feira, 22 de julho de 2010

O VOTO TEM FORÇA POLÍTICA?

Quantos brasileiros têm consciência do princípio fundamental da Democracia? Princípio este que há muito tempo (tempo milenar) vem sendo desconsiderado por todas as facções governamentais mundiais. E quanto menos politizado é um povo; mais aumenta o distanciamento dos princípios democráticos inalienáveis a qualquer Sistema humano politicamente organizado – que vem a ser uma nação.

As Democracias que se apresentam à humanidade têm cometido os seus crimes e as suas atrocidades que depõem contra o revolucionário princípio democrático onde “TODO O PODER EMANA DO POVO, PARA O POVO E PELO POVO”. O primeiro crime cometido pela Democracia ocorreu na Grécia antiga, quando um júri, composto por cinco mil pessoas, condenou à morte o grande pensador e filósofo Sócrates. Segundo o renomado júri grego, Sócrates estaria desencaminhando a juventude através de seus pensamentos filosóficos. Sabemos, hoje, que Sócrates foi o precursor do Espiritismo, junto com o seu discípulo Platão.

Eu gostaria de saber das autoridades competentes do nosso planeta Terra, onde eu posso encontrar, em alguma nação do nosso mundo, os verdadeiros ideais democráticos sendo exercidos plenamente, e politicamente, por toda a extensão de um povo? Qual a nação que tem como único governante a população que a delimita? Qual o povo que mais domina e organiza o seu próprio destino. Qual a nação que se submete integralmente a supremacia democrática do seu povo em toda a extensão do sentido político? Em qual nação o povo é o próprio Estado e todas as instituições políticas, sociais e assistenciais estão a serviço voluntário, sem custos, distribuindo os benefícios comunitários abrangentes e democráticos. Em qual nação democrática se tem todos os direitos humanos garantidos pela decisão do próprio povo?

Não é de se duvidar que nos países do primeiro mundo tenham encontrado uma melhor qualidade de vida, uma organização social e política mais eficaz e mais dinâmica no que tange aos países menos privilegiados dos mundos em desenvolvimento e do terceiro mundo. Mas esta melhor qualidade de vida vai além do alto poder econômico dos países ricos? Eu quero dizer que talvez não estejamos diante de verdadeiros mundos democráticos, apesar da riqueza do Estado. Os problemas de classes sociais, apesar do alto padrão de vida, existem da mesma forma que nos países pobres. O poder de dominação das classes privilegiadas dos países ricos também oprime as massas e dificultam a penetração dos ideais revolucionários das bases sociais. Temos de ambos os lados – países ricos e países pobres – a mesma estratégia da perpetuação do poder: tomar o poder através do voto popular. É através da força partidária e dos cartórios eleitorais que alguns homens alçam o poder político de uma nação, jurando defender a organização dos direitos humanos de uma população inteira. Mas, infelizmente, na prática, o governante eleito “democraticamente” nunca cumpre com as suas promessas eleitoreiras, governando (e tem sido assim) para garantir os direitos das classes privilegiadas em detrimento das grandes massas oprimidas. Se todo o poder emana do trabalhador, para o trabalhador e pelo trabalhador, algo de muito sério está substancialmente errado: será mesmo que a força do voto tem produzido realmente sociedades democráticas como rezam as cartilhas?

Como é possível haver força política no voto popular se os homens que se apresentam, através de partidos políticos, são traidores do princípio fundamental democrático, pois quando eleitos governam para os grandes empresários e para os banqueiros. Tem sido assim, não podemos duvidar desta constatação tão arbitrária. E a corrupção se alastra governo após governo, sem que o povo possa fazer alguma coisa para mudar este caos das sociedades democráticas. Fica claro, portanto, que o voto não tem força política nenhuma, exceto para exercer ilusoriamente a cidadania de um povo. É óbvio que outras maneiras políticas de distribuir, dignamente, as riquezas do solo e da mão-de-obra trabalhadora devam surgir, através do discernimento artístico, cultural, cívico e político das nações vanguardistas do nosso planeta

O governo brasileiro tem anunciado que somos uma das maiores Democracias do mundo. Como pode tal Democracia estar dando esmola (bolsa família) para o trabalhador brasileiro? Onde está o poder político do povo brasileiro. Se for o povo quem governa o nosso país, como pode sobreviver de esmolas governamentais? Estamos ainda vivendo as farsas dos ideais democráticos. O Lula é uma grande farsa. E foi através do voto do povo brasileiro que chegou ao poder. Então o voto não tem força política. O voto não revoluciona o Sistema. O voto não muda a saúde, a educação, a alimentação, os transportes, a cultura, a distribuição de renda, enfim, não muda os problemas sociais. Portanto, não funciona como mecanismo, como alavanca para edificar o Estado Democrático. Não adianta votar em homens desonestos e cruzar os braços, esperando que Deus se encarregue de fazer o resto. Deus não faz milagres. Não transforma homens gananciosos e desonestos em homens humanitários e caridosos. Temos que descobrir outras formas de relacionamento político, mais participativo, mais eficiente e menos solidário às ambições políticas de uma minoria gananciosa, que veste a camiseta da Democracia para esconder outra, mais interna, cheirando a Anarquia socializada. Sim, Anarquia, onde todos podem pensar o que bem entendam; mas a ação que modifica realmente uma situação, esta ainda está submetida ao poder bélico que garante a supremacia das classes privilegiadas. Em outras palavras, o Povo que vá se danar! Ora, se o Povo é sempre esquecido, onde está a nossa Democracia? Será mesmo que é através do voto que vamos construir um Estado Democrático? Sabemos claramente que os políticos defendem os ideais democráticos até as vésperas das eleições e, depois de eleitos, escorregam rapidamente para o lado dos grandes capitalistas. E a Democracia perde o seu conteúdo e a sua transparência política e cívica. E o voto perde a sua força política e o seu sentido cristão-democrático.












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